quarta-feira, 10 de junho de 2009

                          Desencanto





Eu faço versos como quem chora
De desalento. . . de desencanto. . .

Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue.
Volúpia ardente. . .

Tristeza esparsa... remorso vão...

Dói-me nas veias.
Amargo e quente,

Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca,

Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

– Eu faço versos como quem morre.




Nenhum comentário:

Postar um comentário